BLOG DO RONY CURVELO

Espero que todos os que acessem este blog e demonstrem interesses pelos artigos aqui escritos, possam contribuir com suas opiniões e observações.

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domingo, 3 de janeiro de 2010

DESABAFO

Comparto com vocês um pouco dos bastidores das gravações que estamos realizando mundo afora.

Sempre viajamos com duas câmeras: Uma grande completa profissional, com bateria grande, lente com zoom, uma beleza. Uma câmera enorme e com todos os fios e cabos que saem dela, vê-se de longe que se trata de uma equipe profissional de televisão.

Também levamos uma outra pequena, igual a que muitos turistas usam em suas viagens familiares. Somos três viajando: Eu, como repórter, Flávio Arruda como cinegrafista e o Rodrigo Godoy como editor/finalizador.

Rodrigo, como editor sempre tem necessidades especiais de imagens detalhadas e para não encher nossa paciência, delegamos a ele a missão de gravar com a câmera pequena o que ele quer, e os detalhes que ele se especializou em gravar.

Em alguns lugares que vamos sempre pedimos, para desencarno de consciência, autorização as autoridades para gravar. Apesar de autorizações só serem, normalmente, necessárias para gravações que vão interromper trânsito, ou prejudicar o dia-a-dia das pessoas, sempre procuramos nos informar. Como nossas gravações são a estilo jornalístico, onde a maioria das vezes, nem tripé usamos, pouco incomodamos e muitas das vezes nem notam nossa presença.
MAS, a ignorância impera quanto à exigência de autorização para uma câmera grande e uma pequena. Com exceção do zoom, que a grande tem mais recursos, a imagem da câmera pequena é melhor e posso gravar da mesma forma que faço com a grande. Acreditem, em muitos lugares os inteligentes de plantão dizem: Só podem gravar com a pequena, a grande não. É tão ridículo, que em muitos lugares, deixamos a câmera grande no hotel e levamos a pequena e voltamos com o mesmo resultado. Gravamos e captamos a imagem. Não podemos, no entanto, fazer imagem à distancia e outros pequenos truques cinematográficos, mas resolvemos o problema.

Por outro lado, intriga-me o fato de muitas vezes não quererem que filmemos algo e surge sempre a mesma duvida na minha cabeça: O que será diferente neste lugar, depois que gravarmos? O que vai mudar? Que dano a captação da imagem vai causar ao local?

A pessoa que proibiu quer exercer seu poder de autoridade, que provavelmente nem tenha ou, por preguiça de perguntar a um superior se há problema, é mais conveniente e fácil dizer não. O não sempre é mais fácil. Tudo acaba no momento do não. Se o que recebeu o não, que é a maioria, der as costas e for embora, o problema esta resolvido e não se fala mais nisto.

Portanto, proibir de gravar em lugares públicos ou mesmo privados, em vias públicas, que sejam prédios, estátuas, monumentos, o que for, é antidemocrático e proibir de gravar com câmera profissional e permitir com uma pequena caseira, é ignorância e burrice.

Minhas Impressões sobre o povo grego

Aqui também estive por duas vezes. Na primeira vez não tive a oportunidade de conhecer muita gente e nem interagir, já que foram poucos dias e acabei no meio da maior greve e manifestação que Atenas já tinha vivido, (dezembro de 2008) depois do assassinato de um adolescente pela policia, que participava de uma manifestação estudantil, o que acabou desencadeando ainda mais em violência. Além de não poder ver nenhum lugar arqueológico ainda fui condenado, por recomendação do próprio hotel a ficar no quarto, até que as coisas acalmassem. Quando tudo ficou tranqüilo, era o dia do meu vôo de regresso.

Mas nesta segunda viagem, coincidentemente realizada exatamente, um ano depois. Deparei-me com outra greve e mais manifestação, desta vez por causa da crise econômica que vive o país que já comprometeu 13% do seu PIB. O povo e o país estão à beira da falência e de não pagarem seus compromissos, o que vai gerar uma nova escalada de protestos e pior, uma queda nas bolsas de valores de todo o mundo. É esperar para ver o que acontece nos próximos dois meses.

Mas voltando ao povo..... Para minha alegria nunca vi tanta gente linda e bem vestida em toda minha vida. Mas no quesito simpatia a nota é ZERO. Quero pensar, que por castigo do destino e dos deuses gregos, de novo, todos os grossos e mal educados gregos e gregas cruzaram o meu caminho nos cinco dias que lá passei. Simplesmente não quero acreditar que são assim. Recuso-me!

São tantos os adjetivos que poderia oferecer para definir os gregos que cruzaram o meu caminho, e insisto em achar que só são estes, que para não valorizá-los prefiro esquecê-los e guardar nas imagens a historia que tem a nos oferecer, incluindo os ensinamentos de Platão e Sócrates.

Minhas Impressões sobre o povo chinês.

Deparei-me com dois tipos de chineses. Aqueles da melhor idade que procuram manter viva suas tradições e conceitos do passado. Regularmente reúnem-se nos parques onde evocam seus antepassados através da dança e do canto. São na sua grande maioria, ateus e adoram o Mao Tse Thung. Pouco falam com estrangeiros e ignoram a modernidade e é difícil vê-los nos centros comerciais.

O outro chinês, é o jovem, antenado, moderno, atencioso e educado. Não exageram na simpatia, mas não medem esforços na cortesia. Este sabe tanto quanto qualquer outro jovem do ocidente em matéria de acesso à tecnologia e bons produtos. Com o passar dos tempos e a renovação da espécie, a China do futuro haverá de ser cada vez mais dinâmica, moderna e rica. Apesar da enorme falta de informação e acesso aos meios de comunicação livres e isentos, o jovem chinês vem aos poucos conquistando seu espaço. O governo conseguiu de forma espetacular unir o sistema comunista ao capitalismo e deu no que deu: A partir de 2010, será a potência econômica número um do mundo.

Minhas Impressões sobre o povo da Tailândia.

Na Tailândia, encontrei a gente mais alegre, mais harmoniosa que já tinha conhecido em minhas viagens. Um povo tão gentil que exageram no tratamento. Na forma que cumprimentam, é algo tão surreal que nos achamos uns bárbaros, se comparados aos gentis e educados movimentos dos tailandeses. A primeira impressão é que são pacatos, cerimoniosos, tímidos. Mas basta jogá-los na fogueira dos inferninhos espalhados por toda a Tailândia, para que se transformem nos mais afoitos, extrovertidos e nada pacatos festeiros do planeta. Só vendo para crer.

sábado, 2 de janeiro de 2010

Minhas Impressões sobre o povo Indiano.

Este ano fiz a minha segunda viagem à Índia. A exemplo da primeira, lidei com gente simpática e, aparentemente, inocente. Saem do seu caminho para ajudar aos demais. Mas levaria horas para descrever as diferentes formas e conceitos criados em minha cabeça sobre o Indiano. Apesar de ter estado na Índia por duas vezes, ainda quero voltar. Tudo é tão surreal, tão diferente e não tão maravilhoso como mostram os cartões postais. Foi o maior choque cultural que já vivi. Um povo que é muito dedicado às coisas da alma e do espírito, e acho que talvez seja esta a razão que suportam e resistem viver em tanta miséria e sujeira. Afinal de contas é um bilhão de indianos e com quase nenhuma infra-estrutura. É um ato de sobrevivência diária. O filme Slumdog ou Quem quer ser milionário, sucesso em 2008 e ganhador de vários Oscar´s em 2009, retrata realisticamente o dia-a-dia deste povo e dos favelados. Os favelados brasileiros estão muito bem obrigado, se comparados, obviamente, com seus pares indianos. Mas o que mais impressiona é que não perdem o senso de humor e de cortesia. Impressionou-me muito. Quero voltar. Vou voltar!

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Minhas Impressões sobre o povo Egipcio.

O povo no Egito é muito similar ao Jordano. A diferença básica fica na inconveniente e perturbadora insistência em vender e arrancar os dólares dos que visitam seu país. Cada estrangeiro é visto com se fosse uma botija de dinheiro a ser alcançada e esvaziada. Apesar de uma civilização de milhares de anos, pelo menos quatro mil anos, é decepcionante ver como pouco evoluiu. Vivem de forma atrasada e com pelo menos, 50 anos de diferença em relação ao Brasil, imaginem dos países desenvolvidos. É de fato uma viagem no tempo. Lembra em muito os filmes de Indiana Jones, cujo enredo acontece nos anos 30 e 40. Apesar de haver vários movimentos de liberação dos preconceitos que ainda vitimizam as mulheres, o sexo feminino ainda é tratado de forma deselegante e grosseira.