BLOG DO RONY CURVELO

Espero que todos os que acessem este blog e demonstrem interesses pelos artigos aqui escritos, possam contribuir com suas opiniões e observações.

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quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Minhas Impressões sobre o povo jordano.

O jordano é super simpático, alegre e acolhedor. Um povo de alma boa. Um povo genuinamente inocente e aparentemente ingênuo. Um grande coração. Na Jordânia, vivem muitos palestinos que preferiram sair de Israel para não continuarem vivendo baixo a pressão dos conflitos quase que diários. Já como parte integrante da Jordânia, os antigos Cisjordanos, têm o mesmo temperamento e comportamento, especialmente em relação aos turistas. São muito agradáveis e não medem esforços para ajudar e agradar. Como todo árabe sempre pronto para uma negociação.

É certo que lá também vivem muitos dos radicais que já conhecemos. Aqueles que preferem guerra à paz. Aqueles que têm seus corações e mentes corroídas pelo ódio causado pelo radicalismo religioso, que impede de pensar e ser sensato, que trava a lógica e impulsiona o irracional a agir. O ser humano radical perde o rumo e se acha na escuridão, onde vivem os desalmados.

É uma minoria que amedronta a maioria de boa-fé.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Minhas Impressões sobre o israelense.

Desde junho, quando iniciei uma série de viagens gravando documentários para o programa CNT Repórter, tive a oportunidade de rever alguns países e conhecer outros. Achei conveniente dividir com os leitores deste blog minhas impressões sobre o que revi, vi e conheci.

Israel

Minha primeira viagem foi à Israel. Encontrei uma mistura de raças, com sentimentos, interpretações, comportamentos, culturas, preferências, sabores e dissabores, que ao mesmo tempo em que se completavam, colidiam. Há o brasileiro/judeu, o russo/judeu, o americano/judeu (maioria), e assim por diante. Já imaginaram estas pessoas vivendo num país cheio de conflitos e disputas? Tanto encontro de culturas e ainda por cima uma religião ditando as regras? É muito difícil criar-se uma característica forte neste povo.

Israel como país, tem apenas 60 anos. Os mais jovens, já nascidos e criados em Israel, são ao mesmo tempo gentis e cuidadosos, amigáveis e desconfiados, simpáticos e valentes. Vivem temendo uma próxima explosão, aprendem desde cedo que aos dezoito anos, meninos e meninas passarão pelo exército e com enormes chances de participarem de uma guerra, nem que seja doméstica.

As outras características deste povo são o medo e o rancor.

Os mais velhos dependem da sua devoção religiosa. Os ortodoxos são grosseiros e radicais em sua maioria. Há exceções. Os demais são marcados por sofrimento e dor, mas propagam a esperança e o cuidado para que o foi duramente experimentado seja sempre relembrado. Carregam em suas almas, nos seus corações, nas suas mentes e principalmente, nos seus punhos, a marca de um passado tenebroso e difícil.

domingo, 6 de dezembro de 2009

China- Comunismo e Capitalismo


Enquanto a China detém o recorde de violação de direitos humanos, incluindo a proibição de acesso a informação e liberdade de expressão, ela é um fenômeno econômico inigualável no planeta. Já é o maior mercado mundial de carros com quase 12 milhões de unidades vendidas só em 2009.

Já o comportamento do seu povo, é muito curioso. Os mais velhos, dos tempos do líder político Mao Tse-Tung, que criou há 60 anos a Republica Popular da China, reúnem-se em parques públicos para dançarem e cantarem musicas nostálgicas dos tempos revolucionários comunista, enquanto os jovens freqüentam os ultra-modernos centros comerciais, dos principais centros do país, comprando as grifes, marcas do sistema capitalista que a China tanto evitou.








A china possui 1.6 trilhão de dólares em moedas e títulos do tesouro americano e um superávit de 275 bilhões de dólares em seu comércio com os EEUU.

Em 2009, os chineses investiram 32 bilhões de dólares em 112 países e apesar de ser o principal parceiro comercial do Brasil, a promessa de investimento ainda é motivo de debate e mal estar, já que o prometido ainda não foi cumprido pela China.

Acredita-se que em 2010 a China será a maior potencia econômica do mundo.





domingo, 8 de novembro de 2009

Arlindo diz que Lula sabia. E agora?

Arlindo Chinaglia, é deputado federal e ex-presidente da câmara dos deputados, considerado por muitos com um homem íntegro. Recentemente ele fez uma revelação, no mínimo bombástica e não houve nenhuma repercussão. Nos escombros de uma folha perdida de alguns jornais, foi publicado, sem nenhum destaque, o que é a confirmação definitiva que o Presidente Lula mentiu quando disse que nada sabia sobre o mensalão, negando que o deputado Roberto Jefferson do PTB, havia lhe contado e agora confirmado por Chinaglia, da existência da mesada paga à vários deputados escroques.

Arrisco a dizer que até sinto saudades do PT do passado. Antes nós sabíamos das malfeitorias e da roubalheira, por que tínhamos o guardião máximo da moralidade no Brasil, o PT. Sim o PT. Este PT que se achava acima do bem e do mal, diferente dos outros partidos. O PT dos artistas. O PT do Lula. Este sim deve ter sido um tapa na cara dos que utopicamente, inocentemente acreditavam nesta versão romântica e irreal do PT honesto. Mostraram-se pior do que aqueles que eram alvo de suas críticas.

Mando aqui um salve para Benedita da Silva, que usou dinheiro público para ir a Argentina, um outro salve para Waldomiro Diniz, amigo e assessor de José Dirceu, que foi pego com a mão na botija recebendo dinheiro de um bicheiro. Humberto Costa que foi ministro da saúde, quando houve o desvio de quatro bilhões de reais com o chamado escândalo dos Vampiros. Vocês são a cara do PT!

Sabe-se que no governo FHC, houve compra do voto de deputados, por cerca de R$ 200 mil reais cada, como foi publicado na época, para ser aprovada a reeleição. O PT comprou o apoio dos partidos aliados com dinheiro publico ou com origem duvidosa. So para lembrar, o presidente do PT na época era o Jose Genuíno. Sim, eu sei que o irmão foi pego com dólares na cueca indo de São Paulo para Fortaleza. Mas cuidado, ele nem sabia de nada.

Apesar de não ser o tema do meu artigo, mas surge a duvida: Quanto custou e quem pagou para a votação do “impeachment” do Collor? Será que os vendilhões só se venderam aos encantos de FHC e de Lula, quando presidentes?

Esta semana continua o julgamento do mensalão mineiro e o desta vez, julga-se o ex-governador de Minas e atual senador Eduardo Azeredo, que aprendeu com o PT e com o Lula rapidamente. Declarou que nada sabia!

O senador foi beneficiado, segundo o processo que esta sendo julgado no Superior Tribunal Federal, por favores financeiros do “carequinha que fazia chover dinheiro”, como dizia Jefferson.

Apesar de Lula e Azevedo nada saberem, com dizem. Precisamos ser informados de quem era o dinheiro que comprou votos no congresso para ajudar o governo de um e a campanha do outro? Hein?

Muro de Berlim

Hoje se comemora o vigésimo aniversario da queda do muro da vergonha, conhecido como o Muro de Berlim. São tantas as historias e tantas informações, que confesso foi difícil enumerar alguns fatos para contar a vocês.

Com o fim da segunda guerra mundial e a nova ordem geopolítica do planeta, o mundo foi dividido entre os países vencedores do ocidente: Estados Unidos, França e Inglaterra de um lado, a União Soviética e a China do outro lado. Começavam ai as disputas ideológicas estéreis, criando-se a cortina de ferro, que separava os dois mundos. A União Soviética e a China iriam colocar em prática o comunismo e os países ocidentais o capitalismo. Mais ou menos como um laboratório e competição para ver quem ganha ao longo das décadas.

Logo no inicio o governo soviético viu-se forçado a construir um muro na Europa com 165 quilômetros de extensão, já que mais de três milhões de pessoas no primeiro ano fugiram para o lado ocidental.

Quinze anos depois do fim da segunda guerra mundial, em 1961, iniciou-se a construção do muro, dividindo a Europa. Com a desconfiança crescendo deu-se inicio a guerra fria.

O comunismo hoje em dia apenas sobrevive numa ilha do caribe, Cuba e na metade de uma península asiática, Coréia do Norte. A china apesar de não ser democrática e manter seus cidadãos baixo a custódia do regime, aderiu ao capitalismo e está modernizando-se.

O comunismo é o empobrecimento das pessoas, e em todos os países que foi testado e imposto ao seu povo, jamais foi possível entregar o que prometeram: uma vida melhor.

Muitos se perguntam, por que os regimes totalitários, como o comunista, prendem as pessoas aos seus territórios, proibindo suas viagens, seu direito de ir e vir, sua liberdade como humano, tiram o sagrado direito de ser informado. Ora, respondo. Se assim não for, o país fica vazio e sem gente não há Estado.

Mikhail Gorbatchev, último presidente e líder maior da união soviética, responsável pelo fim da guerra fria e da derrubada do muro de Berlim disse este final de semana:

O comunismo é o modelo fracassado de uma economia centralizada.

Digo eu: Viva, portanto, o seu fim!

A liberdade em Xeque

A liberdade de Imprensa nos países das Américas está cada vez mais ameaçada. Com exceção dos Estados Unidos que ocupa o primeiro lugar do mundo, onde a liberdade de imprensa é total. Em segundo lugar aparece o Canadá. Pasmem, mas o único país nas Américas que teve seu índice melhorado foi o Haiti, que saiu do 106º lugar no mundo e foi para a 57ª posição.

O Brasil saiu da 54ª posição e caiu para a 71ª. A Venezuela, do aprendiz de ditador Hugo Chavez, caiu 47 posições. Saiu do 77º lugar e foi para a posição 124ª. Lamentavelmente, enquanto não tirarem este maluco, vai cair ainda mais.

No Brasil há uma ameaça constante e grave a esta liberdade adquirida com o fim da ditadura. Há um crescimento de censura, assédio governamental, ou seja, pressão para não se publicar aquilo ou isto, pressões econômicas, com cortes de verba publicitárias, detenções, agressões físicas, assassinatos, projetos de lei que visam restringir o acesso às informações. Já nas Américas, como um todo, além do já mencionado, acrescento o fechamento de emissoras de TV e rádio, promovidos pela Venezuela, Equador, Bolívia e Nicarágua. Só a Venezuela foram 34 rádios. Não menciono Cuba por que há 40 anos que não existe imprensa, logo a liberdade de expressão não é só da imprensa, mas do povo em geral. Mas mesmo assim em 2009, sem imprensa para violar seus direitos, Cuba inibiu e coibiu tanto a liberdade do seu povo, o que faz há 40 anos, que conseguiu a façanha de cair ainda mais. Foi da posição 134ª para a 170ª. Impossível descer mais.

Em maio deste ano, os irmãos Castro, condenaram a três anos de prisão o jornalista Alberto Santiago Du Bouchet Hernandez, que cheguei a conhecer em 1993, na cobertura de vários eventos na região. Ele foi condenado por propaganda inimiga. Seu crime foi escrever um artigo criticando o sistema perverso de Cuba.

Por que será que os governos de esquerda não gostam da liberdade? Por que será que não toleram as criticas? Por que será que criticam as ações erradas dos governos militares e atuam no mesmo “modus operandi”? Em muitos casos pior, mais perverso e odioso. Por que será que suas idéias só podem ser executadas baixo tortura, pressão e morte? Em nome de quem atuam? Do povo que dizem querer defender? Já perguntaram ao povo se querem abrir mão de suas liberdades, em prol de uma causa esquerdista? O que levamos deste mundo se não o prazer de usufruir o nosso direito de ir e vir, dormir onde quisermos, tomar banho quanto tempo quisermos, assistirmos ao programa de TV que desejarmos, comer o que nos der vontade, na hora que o estomago pedir e não quando o governo determina. Direito que vale para os ricos e pobres. Já pensaram nisto?

A Argentina da Cristina Kirchner, outro governo fascista, está no mesmo caminho, quer mandar prender os jornalistas que “prejudiquem a saúde mental da população”, em outras palavras que informem os escândalos e roubos do seu governo.

A cada certo tempo, o perigo nos confronta. No passado eram os governos de ditadura comunista que matava e torturava. Aqui e acolá, havia uma ditadura de direita que em escala muito menor cometiam crimes semelhantes. Basta ver que no Brasil são 336 desaparecidos e mortos na ditadura, contra 11.400 apenas atravessando o estreito da Florida foragidos de Cuba, sem contar os assassinados com fuzilamento que passam dos 5 mil. Hoje em dia, são os terroristas do Al Qaeda e do Taliban, que nos ameaçam e amedrontam.

Muitos perguntam, mas Rony o que você deseja, revelando tantos fatos e colocando o publico a par destas agressões? Eu desejo que denunciem, que critiquem, que abram a boca e gritem, que não sejam hipócritas. Que abram os olhos para o que acontece ao nosso arredor e que combatamos as tentativas de nos tirarem o nosso bem maior, que é a liberdade, e defendamos com todas as armas o direito de decidir o nosso futuro, de proteger o nosso pensamento e de manifestar-se quando assim desejarmos. A democracia tem suas falhas, mas ainda não fomos capazes de criar algo melhor. Já o comunismo e a ditadura que sempre o acompanha, são sistemas de idéias esgotadas, corruptas, apodrecidas e derrotadas.

sábado, 7 de novembro de 2009

Viagem à Tailândia









A viagem à Tailândia foi muito especial. Tive a oportunidade de conhecer as, mundialmente conhecidas, Mulheres Girafas. Eu e minha equipe, composta por Flavio Arruda (cinegrafista) e o Rodrigo Godoy (produtor, segundo cinegrafista e editor), tivemos que sofrer um pouco para chegar na vila onde moram as “ Long Neck Girls”, voamos durante duas horas de Bangkok até a cidade de Chiang Mai, no norte do país, enfrentamos duas horas e meia de carro, uma hora de elefante por entre as montanhas tailandesas, próximo do país Mianmar. Mais vinte minutos rio abaixo, numa balsa de bambu e por fim mais vinte minutos a pé. A volta refizemos o mesmo percurso, adicionando o cansaço.
Noutro momento tivemos a oportunidade de acompanhar, de madrugada, os monges budistas que saem diariamente recolhendo comida dos fieis, que ficam ao longo da estrada por onde passam, entregando seus pratos cozinhados durante a noite e madrugada. Eles acreditam que os monges ao consumirem a comida ofertada, seus entes queridos, já mortos, serão alimentados.

Imagens de Petra, na Jordania




Acompanhe o Noticias e Mais e todos os documentarios realizados, entre eles esta o da Jordania.
Noticias e Mais, diariamente das 12.30 as 14 horas, pela Rede CNT de Televisao.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Bem que eu disse!

Recentemente fui um dos primeiros, se não o primeiro, a publicar artigo sobre o fato do presidente Barak Obama ter recebido o prêmio Nobel da Paz em 2009.

Ainda quando as rádios e emissoras informavam ao público, sobre a notícia que fora divulgada por volta das 8 horas da manhã, meu artigo criticando os organizadores do prêmio, já podia ser visto e comentado neste blog.

Só nos dias seguintes, li com certo orgulho, os famosos colunistas e a maioria da imprensa internacional, repetindo a mesma linha de raciocínio que tive no momento do anúncio.

Agora, já passadas algumas semanas, tive a oportunidade de estudar e pesquisar sobre os vencedores anteriores e fazer uma breve análise sobre os mais recentes premiados e se de fato, mereceram tamanha consideração.

Em 1990, Mikhail Gorbatchev recebeu merecidamente, o prêmio. Ele foi o último presidente da União Soviética e o grande responsável pela abertura de uma das mais severas e cruéis ditaduras do planeta. Há 20 anos, atendendo ao pedido do Presidente americano Ronald Reagan, derrubou o muro da vergonha ( Muro de Berlim) que dividia ideologicamente um povo do mesmo sangue e origem: Alemão.

O mesmo Instituto aprovou e condecorou com o Nobel da Paz, dois que se mostraram cínicos, oportunistas e hipócritas: Yassef Arafat, da Palestina e Henry Kissinger dos Estados Unidos.

Eles receberam o prêmio, depois de apenas uma tentativa de conseguir a paz. O acordo mal feito e para inglês ver, afundou e em seguida reiniciaram duma nova guerra com suas contrapartes: Israel e o Norte Vietnam.

Por outro lado há um evidente e imperdoável erro e um grande e plausível acerto.

O erro imperdoável fica por conta de nunca terem dado a Mohandas K. Gandhi ou Mahatma Gandhi, como era conhecido, o prêmio Nobel da Paz. Ele que foi preso, condenado, participado de inúmeras greves de fome e por fim ser assassinado por buscar a independência do seu povo e a paz mundial.

O acerto foi premiar a quase santa Madre Teresa de Calcutá, também na Índia, por sua dedicação aos pobres e na defesa dos direitos humanos.

Não muito tempo atrás, publiquei artigo sobre o perigo que representa para a América latina um governante como Hugo Chaves da Venezuela e o sofrimento que ele ainda irá impor ao seu povo, cuja metade ainda insiste acreditar neste ator amador, só visto nos filmes Bollywoodiano*.

Lamento a cada dia ver que todas as minhas previsões e opiniões a cerca deste inimigo da humanidade livre estavam e estão certas.

A imprensa foi atacada e viu suas portas fecharem-se. Estações de TV, rádios e jornais que ousaram criticar, o ditador latino americano, foram punidas e já não existem.

O mais recente ataque ao povo, esta na exigência e determinação ao seu povo que só podem tomar banho por três minutos, com a promessa de punição caso seja contrariado e desobedecido.

O mais serio ataque à liberdade das pessoas até o momento foi a criação dos fiscais do movimento bolivariano que são as milícias oficiais que fiscalizarão, rua a rua, os possíveis focos de resistência e oposição ao governo ditador comunista.

Uma copia moderna e mais estruturada dos CDR’s criados por outro ditador já aposentado Fidel Castro. Os CDR’s e agora os comitês bolivarianos denunciam os cidadãos que se reúnem, conversem ou se manifestem contrários ao sistema. Os membros dos comitês organizam os atos de repúdio, nas empresas e nas ruas. Pais e mães de família, insatisfeitos com as regras do Fidel ou do Chaves, em Cuba e agora na Venezuela, respectivamente, são penalizados, humilhados com tapas, cuspidas na frente de seus colegas de trabalho ou na frente dos seus filhos para que assim, inibidos, não formem grupos e nem alimentem a esperança a outros que insistem em rebelar-se.

Em outro artigo falei sobre a política externa do presidente Lula e os “aloprados” ministros responsáveis pela política externa do Brasil e os erros que comentaram e aqueles que ainda iriam cometer.

Em recente entrevista fora do Brasil, Celso Amorim disse que fazer pactos e aproximar-se de lideres pouco confiáveis e perigosos como, Mahmoud Ahmadinejad, era de que “ o Brasil pode fazer o que quiser na política internacional”. A frase boba mostra a fragilidade da nossa política exterior e os erros que não param de serem cometidos. Lula e Amorim brincam de revolucionários fora do Brasil, uma vez que aqui dentro não espaço para tamanha asneira.

Outro grande erro foi acasalar-se com o presidente que foi acusado, julgado e condenado pela mais alta corte de justiça de Honduras.

Resultado: Os Estados Unidos deram uma aula de como por fim a uma conflito bananeiro e legou ao Brasil o desafio de defender-se em cortes internacionais da acusação de meter-se em assuntos internos de um outro pais. Bem-feito!

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Barak Obama e o Prêmio Nobel da Paz

A eleição do presidente Barak Obama para o premio Nobel da Paz, cujo resultado saiu esta manha na cidade de Oslo, Noruega, foi injusto.

Hoje pela manhã tive a oportunidade de ouvir nas rádios, celebridades, o ator Milton Gonçalves emocionado, meus coleguinhas jornalistas que repetem o que ouvem e ai vira verdade. Sugiro que parem e analisem os fatos. Oh control c, control v, se não gostar control z. Parem de colar e copiar gente, pensem....

Barak Obama, esta há alguns meses no governo, inclusive a primeira vez que ocupa um cargo administrativo. Ainda não cumpriu duas promessas de campanha fundamentais e que se realizadas, até justificariam o premio: A de retirar por completo as tropas do Iraque e de fechar a prisão de Guantánamo.

Os deslumbrados com Obama e os coleguinhas que não pesquisam, devem achar que por ser negro, já seria motivo suficiente para receber o premio. Esta é uma atitude no mínimo racista em relação as demais raças.

Quando o presidente Barak Obama tomou posse faltavam apenas duas semanas para o fim das inscrições dos possíveis nominados para o premio Nobel. Logo, este premio é mais uma repulsa ao governo anterior, um chute na perna do Presidente Bush, do que o mérito de Obama. O presidente americano ganhou mais por causa dos discursos, do grito, do que mesmo por causa de suas ações, que ate o momento não houve nenhum resultado concreto em prol da paz. Foi uma premiação apressada, injusta e cheia de deslumbramento.

Em minha opinião o presidente da França, Sarkozy merece muito mais este prêmio. Ele, o presidente da França, tem muito mais tempo do que Obama na presidência. Foi ele quem promoveu a existência do G20, que corrigiu uma injustiça econômica, criando sim, com esta decisão, uma harmonia maior entre os países.

Foi Sarkozy, quem tomou as primeiras medidas ao fim dos ataques da Rússia a Geórgia,participando ativamente nas negociações de um cessar-fogo e exigindo a cooperação russa com veemência . Será que os deslumbrados já esqueceram ?

Enquanto Sarkozy faz, Obama discursa e ainda ganha prêmios! Cést la vie!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

SOMOS PRODUTO DO MEIO

Ao contrário dos milhares de palpiteiros e desentendidos no tema, achei as discussões, brigas no Senado, extremamente saudáveis à vida pública e ao Congresso.

Só e apenas só no debate e na troca de palavras dos homens públicos, representantes do povo, sejam eles da nação que for, é que evoluiremos. O mundo como um todo ainda está em formação e até que estamos bem adiantados.

Vocês já viram algum deles chegar às vias de fato? Nas últimas décadas apenas houve um episódio quando Raul Jungmann e outros fortões tentavam entrar no Senado na marra e foram detidos pelos seguranças. Mas entre senadores e deputados, seguramente nunca vimos.

Para ser fiel a história, no passado houve um episódio com morte no Senado, mas em nada muda o conceito do meu artigo. Foi uma fatalidade!

Mas aqui posso listar alguns países cujos políticos já foram às vias de fato, especialmente na zen, espiritual e paciente Ásia: Japão, Tailândia, China, Singapura, apenas para mencionar estes. Já vimos troca de ponta pés e pancadas na educada e milenar Espanha, na Inglaterra e por ai vai.

Logo, pelo menos neste sentido, estamos na frente. Apenas falamos mal, gritamos, trocamos olhares fulminantes, apontamos os dedos em riste uns aos outros, merda pra lá, merda pra cá e só.

Mas o que me moveu a escrever este artigo foi o fato de termos esquecido que somos produto do meio. O Senado Federal é o produto do meio e ficamos aqui do lado de fora achando que somos diferentes e melhores do que lá estão. Acordem! Somos iguais.

No Senado, há o ladrão, o esperto, o que pensa que é esperto, o brigão, o dissimulado, o falso, o picareta, o maquiavélico, o bandido, o assassino, ainda há o bom, o mau, o ingênuo, o que se faz de ingênuo, o bufão, o medroso, o mal caráter e o bom caráter, o mentiroso, o falastrão, o bondoso, o bom de voto e o ruim de voto, por isto é suplente.

Amigos, estamos representados!

Estranha-me muitas vezes a oposição, subir ao pódio e falar de ética. O PSDB apenas para lembrar, foi quem vendeu a Vale do Rio Doce, com direito a explorar as riquezas do solo brasileiro por quatro bilhões de dólares, sendo a metade financiada pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador e vendeu a ATLAS, companhia de elevadores, por 1.4 bilhão de dólares. Compare os valores e importância das empresas, por favor!

Foi o partido que comprou por até R$ 200 mil reais o voto para ver aprovada a reeleição do Presidente FHC, entre várias coisas mais.

Para falar do PT, e não ser chato, limito-me a relação de escândalos abaixo

Mensalão
Dólares na Cueca
Os Vampiros- Ministério da Saúde
Caso Waldomiro Diniz
Escândalo dos Correios
Operação Sanguessuga
Escândalo dos Bingos
Quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo
Caso Brasil Telecom
Caso Daniel Dantas
Grampos da ABIN
Dólares de Cuba
Dólares na cueca
Gamecorp
SEBRAE ou Caso Paulo Okamoto
Caso Marka/Fontecidam
Corrupção do diretório nacional do PT
Republica de Ribeirão Preto
Irregularidades no Fome Zero
Escândalo das ONG’s
Caso Henrique Meirelles
Caso Cássio Caseb
Escândalo do Dossiê da família do ex-presidente FHC
Escândalo dos cartões corporativos

A lista não acaba aqui, mas cansei de listar tantos escândalos.

Por outro lado entra em cena um dos donos da moralidade no Brasil. Pedro Simon, o pai do assessor da Ieda Crucis que está respondendo a uma série de acusações por desvio de verba e dinheiro de campanha não declarado. Simon, aquele que quando ministro da agricultura do Itamar, comprou carne da região de Chernobyl e envenenou aos que consumiram.

Ele branda e fala sobre ética!

Jarbas Vasconcelos de Pernambuco, quem não conhece que compre. Pergunta ao Eduardo Campos, governador do Estado quem é Jarbas. Por que eu não vou contar não!

Jarbas, não cansa de falar de ética!

O Senador Arthur Virgílio quando se defendia na tribuna, durante o processo que correu no Conselho de Ética, falou que segundo um estudioso amigo dele, o político que tinha fazenda e cabeça de gado, era por que lavava dinheiro. O que estaria pensando naquele momento Sérgio Guerra, aliado do Arthur e presidente do PSDB.

O senador Pernambuco tem uma bela fazenda perto de Limoeiro com incontáveis cabeças de gado. Eu conheço!

O dono da moralidade Arthur, ainda pediu dinheiro emprestado a Agaciel, diretor Geral do Senado, o mesmo que agora é chamado de Capeta. Pagou com verba do gabinete um funcionário fantasma. Por sinal, prática muito comum, entre os políticos. Eu arrisco a dizer que 99.999999% dos políticos com mandato, tem funcionários fantasma. Eu sei! Eu conheço!

Mas ele falou de ética!

E nós que tanto falamos sobre ética e cobramos dos nossos representantes comportamento que juramos que jamais teríamos. Somos todos hipócritas!

Falou-se tanto no Sarney que atendeu a um pedido de uma neta para dar emprego ao namorado. O tema foi tratado, como se Sarney tivesse cometido o mais horrendo e pior dos crimes.

Perguntem-se: Quem de nós, tendo um dos homens mais poderosos do país, presidente do Senado como avô, não faria o mesmo? Responda!


Para finalizar lamento dizer, que como produto do meio, nós não somos diferentes deles. Somos representados por um semelhante. A ocasião, faz o cidadão!

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Lula aqui, não é Lula lá.

Quando Lula tomou posse e se deu conta de que ser governo, era totalmente diferente de se fazer oposição, muitas das suas convicções e posições foram se moldando e modificando com cada tapa de realidade que recebia.

O Brasil amadurecido, jamais deixaria que as idéias atrasadas e fora de época, que ele e seus fiéis seguidores, muitos dos quais estão ai no governo, tomassem conta do Brasil.

Já imaginou sermos obrigados a passar o que hoje a Venezuela passa? E olha que a Venezuela já foi considerada o melhor exemplo de democracia da America Latina. Hoje, coitados! Estão entregues nas mãos de um louco, descontrolado, desagregador e por que não dizer também, perigoso.

O Lula não pôde implementar durante o seu governo as idéias esquerdistas, pouco democráticas e com víeis ditatorial, que ainda irrigam suas veias, por que o povo brasileiro mudou e sentiu os benefícios de um pais livre, soberano, movido pela liberdade da economia. Viu e gostou de ter acesso ao que havia de melhor no mundo, desde computadores modernos à comida de qualidade e especiarias, ficou competitivo no mercado internacional, a moeda se fortaleceu, a inflação se controlou e o povo passou a gozar de relativa paz e harmonia.

Com este quadro não havia, como não há, espaço para idéias sem nexo. Lula soube desviar os seus rancores e frustrações, por não implementar no Brasil uma ditadura de esquerda, e canalizou a energia para manter a estabilidade alcançada na econômia. Preferiu assim optar pelo lógico: time que se ganha não se mexe. Deu certo!

O Presidente tinha que ter uma válvula de escape, depois de tanto reprimir seus pensamentos e instintos. Já que era muito difícil colocar em prática suas idéias, em solo verde e amarelo, partiu para atuar no exterior e lá esbaldar-se.

Sabe-se que o Ministro das Relações Exteriores Celso Amorim, é um vermelhão e adoraria ser o ministro das relações exteriores de Chávez- O Louco. Marcos Garcia, vulgo Marcos Top-Top, com certeza teria múltiplos orgasmos se fosse chamado para comandar uma tropa de assassinos de Fidel Castro e por ai vai.

Com esta dupla comandando as posições do Brasil mundo afora, vejamos algumas das suas estripulias.

1. Aproximaram o Brasil do Irã. Fomos na contra mão do planeta. Quando todos os países condenaram as eleições fraudulentas que elegeram Mahmoud Ahmadinejad, Lula deu apoio.

2. Falar de Cuba é até brincadeira. Enquanto Amorim e Garcia se lambem ao ouvirem falar de Castro, se coçam ao comentar sobre a ditadura no Brasil. Como se houvesse diferença entre ditaduras de esquerda ou direita. Como se os 336 desaparecidos no Brasil, valessem mais do que os 11.400 que morreram tentando escapar do regime de Castro, sem falar dos fuzilados, torturados, reprimidos, presos e assassinados. Hoje, agosto de 2009, não há nenhum preso da época da ditadura no Brasil, já em Cuba ainda restam 50, entre eles 27 jornalistas.

3. Lula se abraça e troca afagos com o ditador do Sudão, Omar Hasan al Bachir, auspíciado, apoiado, incentivado por nosso sempre disposto comunista de carteirinha Celso Amorim. Mesmo sabendo que ele está sendo acusado e será julgado por crimes de genocídio.

4. Como se fosse pouco, os aloprados de esquerda promovem um jogo chamado de: Jogo da Paz, em território palestino. Estranha-se que se faça um jogo para promover a paz, apenas com um dos lados. No local onde poderá ser realizado, os judeus não podem entrar. Então, dever-se-ia chamar de Jogo de Apoio à causa Palestina, pelo menos seria mais honesto e menos escamoteado. E não seria a primeira vez que Lula, através do seu PT se associaria a terroristas. O PT, Cuba, Chavez são membros do Foro de São Paulo compartindo assento com nada mais e nada menos do que as FARCS da Colômbia.

(Na segunda semana de agosto, depois de receber muitas criticas, o tal jogo foi cancelado)

5. “Nunca na historia deste país”, como diz o Lula, vimos tanta troca de gentilezas, digna das simbioses carnais, entre os três parceiros, Lula, Amorim e Garcia com Chávez- O Louco. Mesmo sabendo que o venezuelano fornece armas (lançadores de foguetes AT-4) para o grupo terrorista narcotraficantes das FARCs, mesmo sabendo que Chávez- O louco, praticamente já fechou quase todos os meios de comunicação privado do país e o único que ainda resiste está proibido de fazer críticas e se desobedecer, será fechado. Mesmo sabendo que o descomposturado presidente Venezuelano está armando-se até os dentes e que planeja uma Guerra para implementar suas idéias malucas, nossos desconcertados e juvenis Amorim e Garcia adoram a idéia.

Não se pode negar, no entanto, que Chávez é maquiavélico e encontra ressonância nos seus fãs brasileiros. Ao ver-se encurralado para explicar como as armas compradas a Suécia foram parar nas mãos dos terroristas-narcotraficantes das Farc, fez-se de vitíma e paralisou as relações diplomáticas entre Bogotá e a Venezuela.

6. Os três parceiros do Brasil, ainda esquecem que Chávez- O Louco, colocou à disposição das forças armadas russas os portos e aeroportos venezuelanos, sem falar nas manobras que poderão realizar próximo às fronteiras do Brasil.

Para todo o acima exposto Amorim disse que “entendia as preocupações de Chavez” e que, pasmem, diminuiu o fato de terem encontrado armas da Venezuela em poder das Farcs dizendo: “ é apenas um episódio, não sei quando ocorreu e se ocorreu. É uma coisa desse tamanhinho”.

Como pode-se ver as ações internas do governo Lula, que mantém uma economia estável, liberdade de ir e vir nos padrões de comportamento aceitáveis no mundo moderno, são completamente antagônicas com a política que o três parceiros esquerdistas aplicam no exterior ao aliar-se aos delinqüentes e assassinos internacionais.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

POR FIM A LIBERDADE VENCEU. VIVA!!

SINTO-ME ORGULHOSO DO BRASIL. ESTAMOS AOS POUCOS ALCANÇANDO NOSSA EVOLUÇÃO, EM ESPECIAL NO TRATO COM O QUE HÁ DE MAIS IMPORTANTE E SUBLIME EM NOSSAS VIDAS. O BEM MAIS PRECIOSO QUE O CONVIVER EM SOCIEDADE PODE NOS OFERTAR.

AGORA NÃO PRECISA MAIS DE DIPLOMA PARA SE EXERCER A PROFISSÃO DE JORNALISTA. A DECISÃO FOI DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, COM APROVAÇÃO DE 8 DOS 11 MINISTROS. O STF ENTENDEU QUE O DECRETO DE REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO - INCLUSIVE O DIPLOMA - CONTRARIA A CONSTITUIÇÃO FEDERAL.

PARA REGISTRO, EU SOU FORMADO EM JORNALISMO, LOGO NÃO FALO EM CAUSA PRÓPRIA.

MAS SÃO POUCOS OS PAÍSES NO MUNDO, QUE EXIGEM ESTE DIPLOMA PARA EXERCER O DIREITO SAGRADO DE MANIFESTAR-SE E OPINIAR.

QUANDO VIEMOS AO MUNDO, JÁ NASCEMOS TODOS JORNALISTAS. JÁ NASCEMOS COM O DIREITO INVIOLÁVEL DE EXPRESSAR-SE.

AQUI, COMO EM VÁRIAS PARTES DA AMÉRICA LATINA, QUE DIGA O ASSASSINO FIDEL CASTRO E O PALHAÇO CHAVEZ, COMEÇOU A SER EXIGIDO O DIPLOMA DE JORNALISMO DURANTE AS DITADURAS PARA CONTROLAR O QUE SE DIZIA DA REGIME. NO BRASIL FOI A DE DIREITA, E NA VENEZUELA E EM CUBA SÃO AS DE ESQUERDA QUE TOLHE E CERCEA OS DIREITOS DE EXPRESSÃO.

DITADURA SÃO TODAS IGUAIS, DE DIREITA OU ESQUERDA . SÃO PERVERSAS.

JORNALISMO É VOCAÇÃO. É ARTE. É SABER ESCREVER, LER E DAR A NOTÍCIA. JORNALISMO É OPINAR E INFORMAR.

POR FIM A LIBERDADE VENCEU. VIVA!!

FOTOS DE ISRAEL







Da esquerda para a direita: As duas primeiras fotos são da Igreja de Belém lugar onde nasceu Jesus . Neste mesmo local estava o Estábulo e a mangedora. A terceira foto é a pedra onde o corpo de Cristo foi colocado depois que foi retirado da cruz.

CNT EXIBE SÉRIE ESPECIAL SOBRE ISRAEL


O Programa Notícias e Mais, da Rede CNT, exibe a partir de segunda-feira, dia 22 de junho, a série especial "Israel - A história por trás da história".

Eu e minha equipe, composta por Flávio do Nascimento como cinegrafista e Rodrigo Godoy, como produtor e editor, visitamos Israel. Nesta série teremos a oportunidade de mostrar detalhes de lugares como Tel Aviv, Nazaré, Galileia, Mar Morto, Jerusalém, Belém e Faixa de Gaza.

Na série de reportagens, que será exibida até 26 de junho, o telespectador também poderá conferir com exclusividade escavações arqueológicas inéditas para o Brasil.

Um dos momentos marcantes da série é o debate promovido pelo programa em uma escola com alunos judeus e árabes. Os adolescentes estão juntos na escola, mas separados na ideologia.



A série é um oferecimento da companhia aérea de Israel. EL AL e do Ministério do Turismo de Israel.



Série: "Israel - A história por trás da história".

Data: De 22 a 26 de junho, a partir das 12h30 no Programa Notícias e Mais, na Rede CNT. Canal 26 São Paulo, Canal 9 Rio de Janeiro.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

O CASTELO DE MINAS E AS MARIAS, O PIOLHO E O BOI


O ditado popular diz que quem vai atrás da cabeça dos outros é piolho, Maria vai com as outras, onde a vaca vai o boi vai atrás, quantas vezes nós já fomos piolho, Maria e boi?

Quantas vezes passamos a achar por que alguém famoso disse que era para achar, quantas vezes concordamos quando a TV, o jornal ou a radio disse que tínhamos que concordar.

Na vida é assim, lançam moda, colocam nas nossas cabeças que é assim que se veste, é este vinho que se toma, as vezes por mais ridículo que seja, achamos que o legal é fazer o mesmo,. Por que "todo mundo" está fazendo assim.

No mundo da política em relação ao que muitas vezes é noticiado, o processo é igual.

No passado saiu-se as ruas para, em nome da moralidade, tirar um presidente, em seguida os líderes dos movimentos foram acusados e condenados, já o presidente acusado foi inocentado.

Saimos às ruas e como piolhos, fomos atrás da cabeça de líderes do movimento, por que se noticiou que era legal. Lembra o presidente da UNE Lindbergh Farias e prefeito de Nova Iguaçu no Rio, sua administração é acusada das maiores falcatruas e roubo.

A estridente Luisa Helena, quando senadora usou passagens aéreas para mandar seu filho para a Europa, o quase santo de sunga da esquerda brasileira, o carioca Gabeira usou e abusou das passagens, o nosso sempre aéreo Suplicy também. A lista é longa dos antigos e único donos e guardiões da moralidade neste país. Não tinha regras, defendem-se. É certo.

Mas também é certo que não havia, como não há regras para definir como e onde gastar a verba indenizatória que os deputados recebem e até hoje podem gastar como quiserem.

Tanto as passagens como as verbas indenizatórias, estão tecnicamente certas seu uso, como já foi feito, mas moralmente errados.

O deputado Edmar Moreira teve o inicio do seu julgamento na comissão de ética esta semana, acusado não por ter construído um hotel em formato de castelo, mas por ter usado a verba indenizatória com seguranças, que legalmente ele tem direito de contratar.

O problema aqui é que a empresa dos seguranças era do próprio deputado. A maior parte dos colegas da imprensa passou ao publico a idéia do Castelo. Também concordo que falar do Castelo é muito mais atraente, chamativo, escandaloso, mas pouco falou-se da verba indenizatória, esta sim, a principal razão pela qual está sendo investigado e por isto será julgado.

Nós, os piolhos, as Marias, e bois lá estamos fazendo coro e entoando o hino da moralidade anti-castelo, como se fosse errado ser rico. Apenas para efeito de informação, este hotel em formato de castelo foi construído em 1990 quando o homem nem político era e que em 1993 vendeu ao filho, para em seguida ser declarado à Receita Federal. No fim o hotel nunca funcionou e o Castelo está arruinado.

Eu adoro buscar o contraditório, conhecer os lados e pensar por mim mesmo. Mesmo por que o piolho acaba morto, Maria sozinha e o boi vira picanha.

http://www.youtube.com/watch?v=POrGmQ5In3I

segunda-feira, 25 de maio de 2009

TESTE NUCLEAR DA CORÉIA DO NORTE

O AVANÇO MILITAR E EM ESPECIAL NO DESENVOLVIMENTO DE ARMAMENTO NUCLEAR DA COREA DO SUL, TÊM ALGUNS CULPADOS: EM PRIMEIRO LUGAR A CHINA PELA SUA PROXIMIDADE E O PRIMEIRO A SENTIR O PESO DESTE TESTE E AVANÇO NUCLEAR E EM SEGUIDA, E NÃO MENOS CULPADO, A ADMINISTRAÇÃO DO PRESIDENTE BUSH, QUE ESPERNEIOU, RECLAMOU, MAS DE FATO NADA FEZ.

ACHO QUE A ADMINISTRAÇÃO BUSH E SUA SECRETARIA DE ESTADO CONDOLEEZA RICE, ESTAVAM JÁ COM TANTOS PROBLEMAS A NÍVEL MUNDIAL , POR CAUSA DA GUERRA DO IRAQUE, QUE ERRÔNEAMENTE PREFERIRAM AMENIZAR AS AÇÕES, QUE DEVERIAM TER SIDO MAIS FORTES, EM RELAÇÕES A CORÉIA DO NORTE.

E POR QUE É PERIGOSO? A TECNOLOGIA NUCLEAR ESTÁ NAS MÃOS DE UM DITADOR QUE NÃO LARGA O PODER, SEM CONHECIMENTO DE MUNDO, FECHADO, QUE COMANDA UM POVO SEM VOZ, SEM GOSTO E SEM OPINIÃO. UM VERDADEIRO LUNÁTICO QUE MANTÉM UM POVO AMORDAÇADO.

UMA ARMA COMO ESTA FAZ MEDO A NÍVEL MUNDIAL.

ENTENDO QUE A CORÉIA DO NORTE TEM A CHINA COMO SEU PRINCIPAL PARCEIRO COMERCIAL, DE QUEM COMPRA O PETRÓLEO E ALIMENTOS, SEGURAMENTE SE HOUVER UM CORTE DO SURPRIMENTO DESTES ITENS BÁSICOS, A CHINA PODERÁ IMPOR PELA BARRIGA E PELO TRANSPORTE, MOBILIDADE E ENERGIA UM CONTROLE MAIOR DESTE PERIGOSO DESTE TIGRE SELVAGEM E A SOLTA.

POR OUTRO LADO ESTE TESTE É UM VERDADEIRO TAPA NA CARA DO PRESIDENTE BARAK OBAMA QUE ACENOU GENTILMENTE E FALANDO EM DIÁLOGO E DIPLOMACIA, PENSOU EM CONQUISTAR UM HOMEM FRIO, CALCULISTA, DESTEMPERADO E MALUCO CHAMADO KIM JONG IL.

E OLHA, O QUE EU VOU DIZER, SE NÃO FIZEREM JÁ ALGO CONTRA A CORÉIA DO NORTE, O PRÓXIMO TESTE VIRÁ DO IRÃ E A LOUCURA DE AHMAD NÃO TEM LIMITES. ENQUANTO NA COREIA A LOUCURA É POR ATRASO, NO IRÃ É RELIGIOSA.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

NOTÍCIAS E MAIS

REDE CNT DE TELEVISÃO

DIARIAMENTE, DE SEGUNDA A SEXTA-FEIRA A PARTIR DAS 12.30 ÀS 14.00 HORAS.

UMA REVISTA ELETRÔNICA COM NOTÍCIAS, ENTREVISTAS, DIREITO DO CONSUMIDOR, ESPORTES E OS BASTIDORES DA TV.


APRESENTADO POR RONY CURVELO, ADRIANA DE CASTRO E LEÃO LOBO, COM A PARTICIPAÇÃO ESPECIAL DOS COLUNISTAS: CELSO RUSSOMANNO E ANA PAULA OLIVEIRA.

CPI DA PETROBRÁS

ESTA QUESTÃO DA BASE SITUACIONISTA, A NÍVEL FEDERAL, LEIA-SE O PT E SEUS ALIADOS, ESTAREM CONTRA QUALQUER E TODAS CPI´S, FAZ PARTE DO JOGO POLÍTICO E DEMOCRATICO.

O PSDB ESPERNEIA E CRITICA QUE O GOVERNO FAZ DE TUDO PARA EVITAR UMA CPI. O PSDB TAMBEM ESTÁ NO SEU PAPEL OPOSICIONISTA E TAMBÉM DEMOCRÁTICO.

CADA UM FAZ O JOGO DO FAZ DE CONTA DA MORALIDADE.

SE O PSDB FOSSE SEMPRE FAVORÁVEL AS CPI´S, DURANTE O GOVERNO FHC NÃO TERIA IMPEDIDO TANTAS CPIS NA ÉPOCA PROMETENDO MUNDOS E FUNDOS, MAS FUNDOS DO QUE MUNDOS.

LEMBRAM-SE DOS R$ 200.000 REAIS POR VOTO?

SE O PSDB FOSSE SEMPRE FAVORÁVEL A UMA CPI NÃO ESTARIA NESTES MOMENTOS IMPEDINDO DE SE CRIAR UMA NO RIO GRANDE DO SUL PARA INVESTIGAR A GOVERNADORA YEDA, AGORA ACUSADA PELA OPOSIÇÃO DE USAR CAIXA DOIS NA CAMPANHA DE 2006.

CRUZES QUANTA HIPOCRISIA....

POR OUTRO LADO, SE O PT FOSSE SEMPRE CONTRA A CRIAÇÃO DE CPI´S NÃO SERIA O CAMPEÃO NA HISTÓRIA POLÍTICA DESTE PAÍS, COMO DIZ O PRESIDENTE LULA, EM PEDIR E CRIAR CPI´S ENQUANTO ERA OPOSIÇÃO ENQUANTO NÃO ERA GOVERNO.

LOGO CPI É PARA SER CRIADA SIM, O QUE NÃO SE PODE EM ACABAR EM NADA NÃO.

terça-feira, 28 de abril de 2009

UMA CARTA DE AMOR

Este artigo segue a linha das histórias e fatos reais. Não gostaria de deixar de lado, tamanha inspiração ao despedir-me, quando expirou-se um grande amor. O artigo (carta) escrito abaixo foi um momento e um sentimento que já não existem, fica, portanto a obra literária.

Para os românticos ou para os amigos que dizem que os meus sentimentos escondem-se, vejam que eu também sou capaz de escrever coisas do coração.

"Meu Amor,

Tem coisas na vida que são inevitáveis, que ninguém pode controlar. O sol nasce e se põe, as ondas do mar veem e vão, o tempo muda, os passários voam para o sul no inverno e voltam na primavera, os casulos se transformam em borboletas. Há porém, outras coisas que podemos mudar, como por exemplo o comportamento e o desejo de acertar. São dessas e outras coisas que eu quero falar nesta que é a primeira carta que eu escrevo para alguém que amo muito.

Eu ficaria muito constrangido se o mundo inteiro soubesse o quanto eu sou louco por você, o quanto eu me encanto com a sua beleza e com a sua alegria... Às vezes até me acho meio "bobo", pois não consigo me concentrar em nada, não consigo pensar em outra coisa a não ser em você.

Eu quero falar do meu amor por você, quero falar deste sentimento glorioso que me move em sua direção. Eu estou apaixonado por você! Mais do que nunca! Eu amo você e sinto, como sempre te disse, que é o maior amor do mundo, pois eu consigo enxergar a sua beleza interior, aquela beleza que transpassa a pele, aquela que vem da alma e do coração.

Penso que este amor que sinto é o maior amor do mundo... o maior do mundo! É o mais puro e profundo amor que alguém pode sentir. Está no meu coração e é dedicado somente a você.

Hoje quero que o mundo mais uma vez saiba do meu amor por você. Não porque me sinta extremamente poético ou inspirado; não há nesta carta nenhuma pretensão poética, literária ou filosófica: vou falar de amor simplesmente porque você não sai do meu pensamento, vou falar de amor simplesmente porque ele me invadiu desde que eu te conheci e, tenho certeza, este sentimento não vai me abandonar tão cedo. Ele agora é maior.

O amor que eu sinto por você é imenso e verdadeiro, mas não poderia ser diferente, porque é muito gostoso e fácil se encantar por uma pessoa tão pura e amorosa, tão simples e tão bela.

Talvez você não saiba o quanto este seu jeito é capaz de me seduzir, o quanto o seu distanciamento em relação às coisas materiais e mesquinhas te faz especial, o quanto é brilhante e encantador o seu sorriso sincero e discreto. É fácil amar a sua delicada timidez, é fácil gostar do seu modo educado e gentil de se aproximar, da sua maneira elegante de dirigir elogios, da sua habilidade diplomática para refutar o que não lhe agrada e solicitar exatamente aquilo que você deseja.

Há em você algo de nobreza. Não apenas na postura, não apenas no sentido das convenções e das etiquetas. Há algo de nobre na sua alma e no seu coração, e esta nobreza se manifesta no seu olhar, nas suas palavras, em cada um dos seus movimentos. Você beira a perfeição, e é por isso que eu me sinto cada vez mais atraído por você. É por isso que eu repito: é fácil amar você, pois você encanta pela elegante simplicidade, pela requintada gentileza e nobreza.

Eu não posso parar de te amar. E por que deveria, se cada batida do meu coração diz que te ama? É óbvio que eu adoraria poder dizer isto enquanto eu te abraçasse, poder olhar nos teus olhos, mas…..

Para ser honesto eu nunca imaginei que poderia escrever algo tão profundo e tão cheio de emoção. A verdade é que as palavras vieram sem esforço e com muita sinceridade. Você completa minha vida, com você todos os meus sonhos de felicidade se realizaram. Eu sempre te amei e haverei de levar no meu coração gravado para sempre o simbolo deste amor.

Minha Princesa Charmosa, quanto saudades de te sentir no meu colo, no meu abraço, seu cheiro, seus beijos, seus carinhos, tua voz de menina, tua delicadeza, teu amor. Quanta saudades eu sinto!!

Te amo muito"

domingo, 19 de abril de 2009

Os Retornados


No escritório onde trabalhava em Miami, contratei uma secretária angolana. Uma senhora de aproximadamente 60 anos, que depois de uma longa conversa, descobri ter uma história que precisava ser contada. Ela estava nos Estados Unidos já há 10 anos e também havia morado no Brasil por 14 anos. Com seu sotaque português e muita simpatia, durante várias semanas, conversamos e passei a anotar tudo o que dizia, depois que ela concordou que eu tornasse público sua história.

Angola foi uma colônia de Portugal de 1482 a 1975, quando Agostinho Neto, presidente do MPLA, Movimento Pela Libertação de Angola, declarou independência.

Para chegar até este momento de independência houve muitas guerras e muitos mortos, durante 14 anos de conflitos. Neste período de guerra interna pelo poder, o governo português combinou com os partidos formados por angolanos como o MPLA, UNITA e o FNLA, que o governo passaria a ser formado por todos, em partes iguais. “Eles queriam ensinar os angolanos a governar, mas os partidos faziam guerra entre eles e se matavam”, explica a protagonista desta história.

Em 1975 foi criado o governo de transição. Todos os ministérios eram distribuídos entres partidos. “Tudo tinha que ser em partes iguais, senão dava briga, com tiros e mortes. Era horrível” nos conta emocionada.

Portugal enfrentava sérios problemas com grupos rebeldes militares, que, sem querer, estimularam os movimentos pró-liberação em Angola e nas outras colônias, a lutarem mais fortemente por sua independência. O governo de transição durou muito pouco tempo; dois meses depois de instalado, os três partidos angolanos recomeçaram a lutar entre eles.

Para amenizar os problemas, Angola foi dividida em grupos, ficando para os partidos o controle de um numero igual de zonas. Aí foi onde o desespero e a proximidade com a morte, para muitos dos angolanos, começou.

Os Estados Unidos e a África do Sul apoiaram os grupos FNLA-Frente Nacional pela Libertação de Angola e UNITA-União Nacional pela Independência Total de Angola. A União Soviética apoiou o MPLA-Movimento Pela Libertação de Angola, que seguia a cartilha marxista. Em desvantagem, o MPLA pediu ajuda a Fidel Castro de Cuba, que enviou tropas de combate para o país.

Naquele ano (1975), mais de 90% da população branca já havia abandonado Angola, tirando do país a mão de obra especializada e semi-especializada. Foram mais de 300 mil portugueses que se foram.

“Lembro-me que havia uma guerra imensa. Muitos refugiados partindo para Portugal. Muitos outros paises colaboraram com o transporte. Nós, por exemplo, fomos pela Swissair gratuitamente”, relata Francisca.

Para poder sair do país, era preciso alistar-se, informando do desejo de ir para Portugal.

Fui ao palácio de governo fazer a inscrição da minha família. Éramos sete pessoas. Estacionei o carro, um Alfa Romeo, ano 1974, próximo ao Palácio, pois era lá que as inscrições estavam sendo feitas. Fui acompanhada do meu filho mais velho. Assim que entramos no Palácio, as portas se fecharam e começou um tiroteio do lado de fora. Gente correndo, tiros pra lá e pra cá. O MPLA, acabava de dar um golpe no Governo, do qual ele mesmo fazia parte, e nós, estávamos dentro da sede do Governo, no Palácio.

Puxei meu filho e fomos parar em baixo da mesa onde, segundos antes, conversávamos com a atendente. O que mais me impressionou daqueles momentos, foi a mocinha que estava responsável por fazer as inscrições. Agachada, meio que de cócoras, ela nos olhou e como se nada estivesse acontecendo, perguntou:

-Vai ou não vai inscrever-se?- disse ela olhando para nós embaixo da mesa onde escondíamos-nos, tentando livrar-se dos tiros e da chuva de vidros que caía sobre o local.

Para ela parecia que nada estava acontecendo. Cheguei até a pensar que nós é que exagerávamos. Por fim, ali mesmo no chão e com o livro aberto, escorado em uma das nossas pernas, entre vidro, escombros e muitas lágrimas, com as mãos trêmulas, fiz a inscrição da minha família. A moça nos deu um número e disse:

-Podem ir!- Agora escutem o rádio para saber o dia de seu embarque.

Não acreditei que ela quisesse que saíssemos com uma guerra lá fora.

Não saímos. Ficamos lá por muitas horas. Apenas ouvíamos o barulho dos “Panhards”, pois era assim que chamávamos os tanques de guerra. Já próximo da noite, saímos pelos fundos do palácio. Chegamos com muito sacrifício ao carro, que a esta altura estava metralhado, parcialmente destruído e com dois cadáveres próximos a porta direita, como se tivessem utilizado o veículo como escudo. Por milagre os pneus estavam intactos e o motor ainda funcionava. Na rua, era impressionante o número de sapatos, chinelos, chapéus, roupas “ - Neste momento Francisca chora e continua, tomada por soluços- “depois ficamos sabendo que muitos foram mortos e arrastados, outros tantos foram presos e depois fuzilados. Meu Deus, quanta gente morreu. Eu e meu filho, se não tivéssemos entrado no Palácio a tempo, certamente também teríamos morrido. Só então dei-me conta, realmente, das barbaridades que se passaram do lado de fora do palácio.

“Todos os dias eu saia para o trabalho e me despedia dos meus filhos, como se aquela fosse a última vez. Eu não sabia se voltava, ou mesmo se, quando retornasse, os meus filhos estariam vivos. Estávamos tão acostumados a viver entre balas e morte que um dia minha filha, que estava sentada na varanda de casa, comentou: “O que será que acontece? Tudo está tão tranqüilo, não tem tracejastes (tiros de morteiro) hoje!

Em Angola não havia televisão, inclusive a maioria das crianças nunca tinham visto uma e a única forma de ter notícias, era através do rádio. Em casa, todos faziam plantão de escuta, pois a qualquer momento poderíamos ser chamados para o embarque. Após longas semanas de espera, minha mãe ouviu os nossos números e nomes serem chamados no rádio. O embarque seria dois dias depois.

Eu estava no trabalho. “Ao chegar a casa, a euforia era grande e a preocupação também”.

-Vamos para Portugal!- disse-me minha filha chorando.

“Como não tínhamos malas, saí apressadamente para procurar caixas, madeiras, pregos, cordas, qualquer coisa para preparar nossa bagagem”.

Estávamos felizes nesse dia. Meu marido estava no trabalho e não agüentei esperar chegar à noite para contar-lhe e sai feliz a sua procura. De ônibus sai imediatamente para compartilhar com ele a boa notícia, em meio a tanta guerra, destruição e morte, estava muito feliz.

No caminho pensei em tantas coisas bonitas que em Portugal passaríamos a ter. Um melhor emprego, um apartamento bonito, próximo ao mar, passear com meu marido e dedicarmos mais um ao outro, já que não teríamos o “stress” do dia-a-dia de guerra em que vivíamos. Apesar de tudo, eu estava muito feliz e queria logo dividir com ele os meus planos e minha felicidade.

“Ao chegar próximo ao lugar de trabalho do meu marido, imediatamente vi meu carro e, em seguida, uma mulher entrando nele. Achei estranho e cheguei a pensar que não era meu carro, até que vi o meu marido ir ao encontro daquela mulher, abraça-la e beija-la.

-Ele tinha um amante!,
conta Francisca que neste momento pede para parar a conversa.

Dali mesmo e já sem a mesma alegria, fez questão que o marido percebesse a sua presença, mas de forma muito digna apenas deu as costas e em prantos voltou para casa de ônibus e sem dar a notícia.

No dia seguinte, todos foram para o aeroporto vinte horas antes do embarque. Francisca, quatro filhos e a mãe. O marido, que no dia anterior havia sido flagrado com outra mulher pela própria esposa, tinha raiva, muita raiva, pois como nos conta Francisca “ele queria que eu aceitasse”.

Neste dia Francisca colocou seu melhor vestido e pela primeira vez usou um sapato alto, comprado naquela semana na feira do seu bairro. Embora ainda sob o efeito do choque da descoberta da infidelidade do marido, estava feliz. Ao chegar ao aeroporto ainda meio que sem jeito com o novo sapato, que apertava, segurava uma caixa de papelão contendo suas roupas, em uma mão e na outra uma caixa de madeira. Com tanto peso, desequilibrou-se, tropeçou e caiu. Em meio ao sangue que jorrava dos joelhos, o marido passou perto e nada fez. “Ele não mexeu um dedo para ajudar-me”, lembra Francisca e continua, “a caixa de papelão rasgou-se e tudo caiu”. Ela chora.

O aeroporto em que a família embarcava era militar e estava totalmente ocupado por tropas portuguesas. O clima era muito ruim. Todos muito agressivos. Em um determinado momento o filho mais velho (15anos) de Francisca, sem muito que fazer naquele aeroporto, foi ver onde as suas caixas estavam. Sem saber entrou numa área proibida. A reação dos militares portugueses foi imediata, apontaram as armas e prenderam o menino por mais de 5 horas, querendo saber o que ele queria entrando naquela área. Interrogaram e torturaram uma criança de 15 anos. Por mais explicações que dava, menos aceitavam, menos convencia os militares. A estas alturas Francisca e as outras crianças, que antes dormiam no chão do aeroporto, estavam desesperadas a procura do garoto. O clima de terror tomou conta da família. Finalmente apareceu o garoto, todo marcado, nariz sangrando, haviam espancado o menino.

Por fim embarcaram. O marido que iria embarcar também, preferiu ficar com a amante. Embora tenha avisado a família no momento do embarque, Francisca desconfia que ele já tenha decidido isto muito antes.

Ao aterrizarem em Portugal, no Aeroporto da Portela, “sentimos alívio, mas logo ao desembarcarmos, o medo voltou”, encontraram um saguão, que estava mais para acampamento do que para aeroporto. Centenas de angolanos dormindo no chão, restos de comida, os banheiros fediam, crianças sujas e com fome por todos os lados. Todos refugiados, ou como diziam os portugueses, todos “retornados”.

Embora estivesse em seu país, “nos sentíamos estrangeiros”, Francisca não esperava que ninguém estivesse no aeroporto esperando-os, muito menos que as coisas fossem ser fáceis. “Além de sairmos de Angola de surpresa, a casa da tia do meu marido não tinha telefone”. Chegaram a Portugal e agora o problema imediato seria chegar a casa de um parente, mas como, se não havia dinheiro? Francisca foi ao sutiã e de lá conseguiu tirar o equivalente a quatro passagens de ônibus, era seis. O que fazer? “Falei com uns cinco ou seis motoristas diferentes de ônibus e ninguém queria levar a gente”. Primeiro não tínhamos todo o dinheiro, depois carregávamos muita coisa.

Por fim, já aos prantos e pedindo pelo amor de Deus, conseguiu convencer a um motorista de origem angolana que, consciente do problema, disse: “Pode entrar senhora, eu levarei todos”, conta bastante emocionada.

“Ai fomos, eu, meus quatro filhos pequenos e minha mãe doente, sem, falar de nossos caixotes de madeira e de papelão, uns pregados e outros amarrados com corda. Ali estavam nossos bens”. O sacrifício para entrar e sair do ônibus era imenso e ninguém ajudava. “Jamais esquecerei era a rota-Aeroporto da Portela/Birro da Ajuda-ônibus 134”.

Horas depois a família chegou à casa da tia que morava com mais dois filhos em um apartamento de dois quartos. “Agora éramos nove pessoas, para se acomodar como pudesse”.

Já no dia seguinte, Francisca foi à busca de emprego. Sentiu imediatamente o que até então desconhecia: a discriminação. “Os portugueses tinham mais medo do que discriminação, afinal de contas éramos melhores qualificados do que eles para o trabalho. O Tratamento era muito ruim, vez por outra, quando dizíamos que éramos de Angola, logo diziam, “outro retornado”? Aqui não tem emprego”, lembra-se.

“Uma vez escutei o primeiro ministro dizer da sacada do Palácio de Belém, durante um comício, que o melhor mesmo seria colocar todos os retornados no campo Pequeno e fuzila-los”. Francisca havia fugido de uma guerra e de um marido infiel, para se proteger em uma sociedade que perseguia e discriminava, que destino!

”Passamos a não ser nem de Angola e nem de Portugal. O correto era chamar-nos de despatriados ao invés de retornados”, sentencia.

A casa começou a apertar, a tia a reclamar, o emprego não saia. As coisas, que pareciam piorar, tomaram de repente outro rumo, quando escutou no centro da cidade, na fila de ônibus, alguns angolanos conversando sobre a invasão de uns apartamentos construídos e desocupados. “Imediatamente fiz parte da conversa e sai dali com a data da invasão”. Eram 35 angolanos, incluindo Francisca e sua família que em uma quarta-feira, outra vez com as caixas embaixo dos braços, desta vez sem os sapatos altos, embarcaram no último trem da Estação Cais do Sodré com destino ao bairro Tapada do Mocho.

“Invadimos os apartamentos de madrugada, o nosso ainda não estava terminado não havia portas e nem janelas”, lembra-se Francisca. O governo nada fez. Eles acabaram vendo naquela invasão a solução de um grande problema. Semanas depois, o governo não só ajudou os moradores a terminarem as obras, como também negociou a indenização aos proprietários originais.

Tudo parecia que estava começando a dar certo, finalmente. Francisca semanas depois conseguiu emprego e um ano depois, chegou de surpresa o marido. Havia perdido tudo e queria refazer a vida com família. Francisca aceitou.

Passado um ano, como muitos amigos estavam vindo para o Brasil, o marido resolveu levar a família para lá também. Ficou combinado que ele iria antes, para preparar o ambiente e, só então, a família deveria ir. Ele foi morar em Foz do Iguaçu, onde ainda mora, e de lá providenciou a ida da família.

“Fomos de navio, era o Eugênio C. Este foi outro dia triste na minha vida. Havíamos naqueles dois anos, feito muitas amizades e meus filhos tinham muitíssimos amigos. Todos foram ao porto para a despedida. Partida de navio sempre é muito triste”, conta Francisca. Os amigos não se contentaram em despedir-se no porto e seguiram ao longo do Rio Tejo até Cascais, com os carros em caravana, luzes acesas, buzinas e quando o navio saía do Rio e entrava no mar, era noite. Os amigos, então resolveram fazer-lhes uma última homenagem, acederam seus isqueiros, tochas e acenavam dando adeus. “Foi muito triste. Jamais vou me esquecer deles...”

O desembarque foi no Porto de Santos. Mais uma vez Francisca se viu desembarcando em terra estranha com quatro filhos e uma mãe, que estava agora mais doente. O marido não estava esperando. Aos poucos os passageiros que chegavam iam-se, esvaziando o porto e os que chegavam para o embarque enchiam o porto. O navio havia ancorado às 9.25 da manhã, mais o marido só apareceu e irritado as 20 horas. Ao invés de levá-los para Foz do Iguaçu, deixou a todos em um hotel em Curitiba.

Vinha visitá-los uma vez por mês. Meses depois, Francisca soube que ele havia trazido para o Brasil a amante de Angola. “Ali foi demais. Apaguei-o das minhas lembranças”, diz Francisca e continua, “a vida no Brasil foi muito boa, tenho excelentes recordações. Meus filhos se sentem brasileiros, pois foi ali que eles se criaram”. Francisca e seus filhos moraram 14 anos em Curitiba e, em 1991, decidiu mudar-se para os Estados Unidos com as duas filhas.

A mãe de Francisca morreu antes de irem para os Estados Unidos. O filho mais velho morreu no dia 10 de abril de 1996, em um acidente de carro o outro filho, o mais jovem, casado, no final de 1996, sem conseguir visto para os Estados unidos, enfrentou os perigos de uma travessia a pé e a nado na fronteira canadenses e conseguiu se unir a família. O marido continua morando em Foz do Iguaçu, agora casado com aquela que fora amante. As duas filhas também residem nos Estados e estão casadas e com filhos. Francisca continua trabalhando e ajudando a criar os netos.